As últimas edições do Oscar foram marcadas pelas polêmicas sobre a falta de diversidade. Desde então,
a presidente da Academia de
Artes e Ciências Cinematográficas, Cheryl Boone Isaacs, se comprometeu a promover medidas para aumentar a
participação de negros e mulheres tanto nas decisões internas da organização
quanto entre os indicados.
De acordo com a
Variety, a Academia convidou cerca
de 683 novos integrantes. Com isso, o número de mulheres aumentou de
25% para 27% e o número de negros aumentou de 8% para 11%. Dentre os convidados
ilustres estão o ator John
Boyega, de Star Wars: O Despertar Da Força, Idris Elba, Michael B. Jordan,
de Creed: Nascido Para Lutar, Chadwick Boseman, o Pantera Negra, Emma
Watson e a Vencedora do Oscar de
"melhor atriz" em 2016, Brie Larson.
A representatividade
brasileira também chamou atenção, já que Anna Muylaert, diretora do drama
Que Horas Ela Volta?, e o animador Alê Abreu, responsável por O Menino E O Mundo, um dos concorrentes ao Oscar de animação deste
ano, também integram a lista -
veja completa.
Além de Muylaert e Abreu, os brasileiros Lula Carvalho (diretor de fotografia), Pedro
Kos (montador), Affonso Gonçalves (montador), Antonio Pinto (compositor),
Marcelo Zarvos (compositor), Rodrigo Teixeira (produtor), Renato Dos Anjos
(animador) e Vera Blasi (roteirista)
também receberam o convite. A relação de nomes conta com 283 novos membros
internacionais de 59 países, e o aumento de mulheres e negros.
A disputa pela estatueta
no Oscar 2016 trouxe temas bastante relevantes para as
minorias sociais. Com longas como Carol e A Garota Dinamarquesa, que abordam questões LGBT's, e filmes como Spotlight - Segredos
Revelados e Trumbo, que questionam a liberdade de expressão, entretanto a academia pecou
mais uma vez pela falta de atores negros entre os indicados.
No ano passado, a
premiação foi criticada pela ausência de negros, latinos e mulheres nas
principais categorias, levando a tag #OscarsSoWhite a ficar em evidência. O próprio
diretor mexicano Alejandro
González Iñárritu, que conquistou
o Oscar de "Melhor
Diretor", por Birdman Ou A Inesperada Virtude Da
Ignorância, fez um poderoso discurso
sobre a contribuição da imigração latina nos EUA, ganhando muitos aplausos.
Outro momento memorável foi a fala de Patricia Arquette sobre a diferença
salarial gritante entre homens e mulheres em Hollywood - e fora dela também.
Com essas novas medidas,
a Academia acredita que possa deixar as próximas edições mais
justas e equilibradas. Entretanto, a questão da diversidade esbarra também na
falta de oportunidades dadas às minorias para estrelar produções de grande
relevância. Sem um esforço conjunto com toda a indústria Hollywoodiana, essas
podem não despertar a mudança tão esperada. Entretanto, não há como negar que
se trata de um bom começo, esperamos apenas que não seja demagogia.
(fonte Yahoo)
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