A Garota no
Trem (The Girl on the Train)
Com base no romance de estreia homônimo de Paula
Hawkins, chega em Outubro nos EUA este Thriller psicológico protagonizado por Emily Blunt
e com Rebecca Ferguson, Haley Bennett,
Justin
Theroux, Luke Evans, Édgar Ramírez, Allison
Janney e Lisa Kudrow.
Paula Hawkins tem 42 anos, nasceu
no Zimbábue e mora em Londres desde os 17 anos. Trocou a carreira de jornalista
de finanças e começou escrevendo romances com o pseudônimo de Amy Silver, mas
nada de bombástico aconteceu. Sua mente insistia em imaginar tragédias para as
heroínas, leveza não é o estilo natural de Paula.
E foi em uma das longas viagens
de trem pela cidade que lhe veio a inspiração. Quando o trem atravessa
conjuntos de casas geminadas à beira dos trilhos, é possível enxergar cenas de
rotinas domésticas através das janelas. Paula costumava se perguntar se um dia
veria algo surpreendente. Ela nunca viu, mas Rachel, a protagonista de “A
garota no trem”, sim.
A autora
O trem da personagem para
diariamente no sinal vermelho em frente a uma casa vitoriana onde vive um jovem
casal. Rachel fantasia um lar perfeito, inventando até nomes bonitinhos para a
dupla: Jason e Jess. Sua imaginação vai além do voyeurismo. A casa pela qual é
obcecada fica a poucos metros de uma construção idêntica na qual ela própria
morou. Hoje o lugar está ocupado por seu ex-marido, Tom, a nova mulher e a
filha deles. Afundada em porres de gim-tônica e vinho barato, Rachel encara as
viagens de trem como uma fuga. É uma mulher solitária e autodestrutiva, do tipo
que dá vexame no trabalho, persegue o ex-marido e dorme com as roupas sujas de
vômito. Para piorar, sofre de amnésia alcoólica. Espiar as casas à margem da
linha férrea, de preferência bêbada, é a única coisa que a conforta.
Após presenciar uma cena chocante
no lar de Jason e Jess, Rachel toma conhecimento pelos jornais do
desaparecimento da moça, cujo verdadeiro nome é Megan. Acha que pode ajudar a
encontrá-la, mas ninguém acredita numa testemunha que não se lembra onde ou com
quem passou a noite. Delírios de uma mente perturbada e memórias verdadeiras se
confundem, deixando os leitores sem sono e sem saída a não ser chegar até o
desfecho do drama, dividindo-se entre os sentimentos de pena e raiva. Rachel
tem uma vida desgraçada, mas também faz muita besteira.
Seu livro é um dos maiores
fenômenos editoriais do ano e já vendeu
quatro milhões de exemplares e foi traduzido para 44 línguas. O título está na
lista dos mais vendidos do “New York Times” há 27 semanas, enquanto no Reino
Unido derrubou o recorde alcançado há seis anos por “O símbolo perdido”, de Dan
Brown.