O Poderoso Chefão – 45 anos
A saga da família mais
famosa do cinema completou 45 anos em 24 de março.
Em 1972 estreou nos
Estados Unidos um dos filmes mais cultuados da história do cinema, presença
certa em qualquer lista dos melhores filmes de todos os tempos, algumas vezes
aparecendo, inclusive, em primeiro lugar. Considerado um dos maiores clássicos,
o filme de Francis Ford Coppola, baseado no livro de Mario Puzo, mostra a
história de uma organização mafiosa chefiada por Vito Corleone.
Marlon Brando está
irreconhecível no papel do patriarca Don Vito Corleone, o chefe da família e
membro da máfia (apesar de esta palavra ter sido evitada ao máximo nos diálogos
entre os personagens) na Nova York pós-segunda guerra mundial.
O filme é um tanto
violento, o que é de se esperar para uma história nesse tema, mas versa muito
mais pelo poder da lealdade e do amor à família do que pelo acerto de contas e
das ameaças sempre presentes quando se toca no assunto do crime organizado nos
Estados Unidos.
Mario Puzo, o autor do
livro que deu origem ao filme, é também um dos responsáveis pelo roteiro, o que
garantiu uma enorme fidelidade da película em relação à obra escrita, inclusive
na ambientação histórica, já que a Paramount, produtora do filme, queria que a
ação fosse transferida para os dias atuais (anos 70), e não nos anos 40, como
no livro, para economizar dinheiro. Mario Puzo e o diretor Coppola bateram o pé
e conseguiram manter a ambientação original nos anos 40.
O jovem Al Pacino faz
o papel do filho mais novo de Don Vito, Michael Corleone, que nada tinha a ver
com os “negócios” da família, até que é obrigado a assumir o controle. A saga
toda, na verdade, é sobre ele, e que continua a ser contada nas duas
continuações que o filme teve, somando mais de 9 horas de projeção, e muitos
consideram a segunda parte, O Poderoso Chefão – parte II,
de 1974, ainda melhor que a primeira.
O Poderoso Chefão ganhou o Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator para Marlon Brando, que se recusou a receber o prêmio em protesto contra a discriminação do governo aos índios americanos. Ele até mandou uma atriz vestida de índia para explicar porque recusava o prêmio.
A trilogia é um “must
see” para todos os cinéfilos ou não. E a trilha sonora entrou para a história
do cinema junto com o filme.
Algumas curiosidades:
A produção do filme
demorou 62 dias e Marlon Brando trabalho apenas 35 dias, por que já estava
comprometido com as filmagens de “O Último Tango em Paris”.
Para o look bulldog de
Don Corleone, Marlon Brando usou próteses feitas por um dentista, e elas estão
expostas em um museu em NY.
Joe Colombo, um dos
chefes da máfia dos EUA, tentou impedir que o filme fosse realizado. Após um
encontro com o produtor Albert Ruddy, ficou decidido que as palavras Máfia e
Cosa Nostra, não fossem utilizados.
A voz que Marlon
Brandon criou para Vito Corleone foi inspirada no mafioso Frank Costelo.
A expectativa em
relação ao filme era tão grande que a sequência foi planejada antes do final da
produção.
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